A maioria dos pais que
passa muito pouco tempo com os filhos costuma dizer para os outros e até
para si mesmos que “qualidade é melhor do que quantidade”. Entretando,
por mais que haja verdadeira boa intenção nessa frase, a ausência
significativa das figuras parentais tem grande chance de deixar marcas
na personalidade de crianças que ainda estão em formação e precisam da
presença concreta de figuras de referência e afeto.
Abaixo, uma lista de consequências possíveis.Vale a reflexão!
1) Quebra de vínculos
Por
mais que a mãe precise trabalhar, é muito importante que ela se planeje
e que consiga ficar o maior tempo possível com seu filho. Substituir os
cuidados da criança com algum outro adulto (babá, avó, avô etc.) não é a
mesma coisa. O vínculo, principalmente no primeiro ano de vida do bebê,
é fundamental e é maior com a pessoa que cuida, que fica junto.
Portanto, se o bebê passa 90% do tempo com algum outro cuidador, o
vínculo será maior com ele. Martins não critica as mães que precisam
realmente trabalhar e ajudar a família, mas pede que priorizem os
filhos. “Trabalhem, mas não esqueçam as crianças. Sempre que possível,
fiquem com elas. Deem atenção e mostrem carinho”.
2) Educação que os pais não aprovam
Muitos
pais exigem que as escolas eduquem seus filhos. Porém, o papel da
escola é alfabetizar, ensinar conhecimentos gerais, dentre outras
coisas. Mas a educação vem de casa. Quem deve ensinar a andar, tirar a
fralda, chupeta, falar “obrigado”, “por favor”, portar-se à mesa, ter
afeto, modo de conversar etc., é a família! Portanto, não exija uma
educação exemplar se você não tem paciência para mostrar ao seu filho o
que é certo.
3) Falta de limites
Assim
como na educação, os pais é que devem saber impor limites às crianças.
As crianças terceirizadas, na grande maioria das vezes, não têm limites.
Isso porque os pais chegam em casa tarde da noite e não querem brigar
com os filhos, não querem que as crianças chorem ou gritem por algum
motivo, então eles acabam cedendo a tudo o que os filhos exigem. E esse
tipo de atitude é crucial na educação.
4) Prioridade invertida
O
que acontece atualmente é que os pais têm grande limitação em abrir mão
do conforto da vida que tinham antes dos filhos. Ou seja, querem o
prazer de ter filhos, mas ignoram o desprazer, como se o ônus e o bônus
não fizessem parte do mesmo pacote. O que é realmente prioridade na vida
dos pais? A presença do pai ou da mãe é fundamental nos momentos de
troca de fralda, quando a criança está adoecida, quando está num momento
de birra… Não apenas quando está sorrindo e brincando.
5) A não valorização do outro
Diversos
casos de delinquência juvenil, quando observados de perto, mostram
crianças que foram totalmente solitárias, criadas sem vínculos razoáveis
e, por viverem sob um abandono dilacerante, não aprenderam a valorizar
“o outro” e não pensam que as pessoas devam ser respeitadas.
6) Problemas com figuras de autoridade
As
crianças verdadeiramente terceirizadas, ou seja, as que possuem
vínculos enfraquecidos com seus pais, provavelmente terão uma relação
complicada com figuras de autoridade, pois, ao longo de suas vidas,
exerceram autoridade sobre ela, pessoas com quem ela não possuía
vínculos afetivos suficientes.
7) Baixa autoestima
A
forte ausência dos pais pode também causar baixa autoestima nas
crianças. É muito importante que os pais estejam presentes nos eventos
escolares, nas entrevistas com os professores, nos jogos de futebol do
colégio e qualquer outro compromisso em que elas solicitem sua presença.
A “falta” dos pais nessas ocasiões, mexe muito mais com os filhos do
que você imagina. Principalmente, no momento de ir aos consultórios
médicos (hoje em dia muitos pais delegam essa “função” para as babás).
As crianças já se sentem acuadas nesses ambientes, e a presença de um
dos pais é fundamental para transmitir confiança, segurança e conforto.
8) Problemas comportamentais
Estes
problemas são muitas vezes um escudo que as crianças usam para proteger
suas questões profundas de abandono e medo. Por exemplo, uma criança
que vive em um lar com pais totalmente ausentes, tem mais chances de
desenvolver uma atitude negligente com um ar de superioridade arrogante
para esconder o fato de que ela realmente os quer em sua vida.
9) Sensação de falta de afeto
Muitos
pais podem estar fisicamente próximos de seus filhos durante a maior
parte do dia, mas podem não estar afetivamente disponíveis a eles. Não
conversam intimamente, não brincam, brigam e gritam a maior parte das
vezes que se dirigem à criança. Crianças precisam se sentir amadas,
precisam saber que são prioridade! Não consigo imaginar meus filhos
sentindo falta de afeto, isso aperta meu coração. Tudo o que mais
queremos na vida é que nossos filhos saibam que são as pessoas mais
importantes das nossas vidas e que são MUITO amados! Isso faz toda
diferença no desenvolvimento deles.
Fonte indicada: Just Real Moms
Fonte: http://www.contioutra.com
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