sábado, junho 08, 2013

Órfão de pais vivos


Quantos filhos não trocariam muitos bens que possuem pela presença mais constante de seu pai?

O abandono afetivo geralmente acontece após o divorcio dos pais
Foto: Divulgação

AutoraLaís Loureiro(Graduada em Psicologia pelo UNIPE, Especializanda em Neuropsicologia, Atuação na área clinica com abordagem em Psicologia Cognitivo-Comportamental.)

Filhos que tem pais vivos mas não tem seu amor, seus cuidados, seu carinho,sua atenção, onde poucas vezes tem apenas ajuda financeira.

O abandono afetivo geralmente acontece após o divorcio dos pais e a figura que se faz ausente em sua grande maioria é o pai.

Após a separação o pai deixa de ver a criança, deixa de visitar e de se fazer presente e participar da vida do menor, passando a ser uma figura cada vez mais desconhecida e distante.

O que tem acontecido bastante hoje em dia, devido ao alto índice de separações conjugais, é o distanciamento da figura paterna que chega a perder o contato com seus filhos, fazendo com que esses sejam verdadeiros órfãos de pai vivo.

Os filhos que sofrem do abandono afetivo não construirão uma memória positiva de amor, de carinho, de afeto, de afago, de cuidados, referente ao pai ausente, assim como, não se sentirão importantes para a figura que o abandona, sendo assim, muito provavelmente, embora haja sofrimento, com o passar do tempo substituirão a figura ausente por outra pessoa acolhedora que faça parte do seu convívio.

Psiquicamente essa substituição é positiva pois contribui para construção da personalidade baseada em referenciais suficientemente bons, onde haverá referencia de amor e moral.

Toda e qualquer criança precisa se sentir acolhida e amada, o abandono afetivo destrói a auto-estima, destrói a referencia de amor e moral que a criança um dia teve.
 
Pais que agem dessa maneira esquecem que uma criança além das necessidades materiais tem muitas outras: ser protegida, ensinada, amparada, encorajada e, sobretudo, amada. São coisas que também fazem parte da função de um pai. Com um valor maior do que, por exemplo, pagar uma escola caríssima para o filho.

Essa função não deve ser perdida sob nenhuma hipótese e há a necessidade de que este pai seja maduro o suficiente para entender que o casamento acabou e não o papel de pai, que embora esteja enfrentando o divorcio, seus filhos não devem ser penalizados e esquecidos de tal forma.

Quantos filhos não trocariam muitos bens que possuem pela presença mais constante de seu pai?

Ter um filho vai além de uma questão afetiva. É uma questão moral. Quem tem um filho tem o dever moral de cuidar dele em seus aspectos físicos e psíquicos, até que ele possa por si só caminhar sozinho. E mesmo assim os pais continuam indispensáveis. Assim como é dever dos filhos cuidar de seus pais. De uma coisa ela vai precisar sempre – de um pai e uma mãe que estejam ao seu lado para enfrentar os desafios.

Infelizmente, o índice de abandono afetivo é real e alto. Quem é pai, pode até não se fazer presente mas é consciente deste ato pois sabe que existe uma criança “abandonada”, sendo assim, sob esta ótica é indescritível definir um ser humano que de forma consciente abandona seu filho, colocando-o sob a condição de filho órfão de um pai vivo.

Fonte: http://www.fernandaalbuquerque.com.br/

Abandono afetivo de filhos pode virar crime


Autora: Patrícia Oliveira

 O Projeto de Lei do Senado que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para caracterizar o abandono moral dos filhos como ilícito civil e penal deve voltar a ser analisado, ainda neste semestre, em decisão terminativa, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
 
Aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a matéria entrou na pauta da CDH  em 11 de dezembro do ano passado, mas a discussão e a votação foram adiadas para 2013.

O PLS (700/2007), do senador licenciado Marcelo Crivella (PRB-RJ), propõe a prevenção e solução de casos “intoleráveis” de negligência dos pais para com os filhos. E estabelece que o artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente, passa a vigorar acrescido do artigo 232-A, que prevê pena de detenção de um a seis meses para “quem deixar, sem justa causa, de prestar assistência moral ao filho menor de 18 anos, prejudicando-lhe o desenvolvimento psicológico e social”.

Na justificação do projeto, Crivella ressalta que “a pensão alimentícia não esgota os deveres dos pais em relação a seus filhos. Os cuidados devidos às crianças e adolescentes compreendem atenção, presença e orientação.” Para o senador, reduzir essa tarefa à assistência financeira é “fazer uma leitura muito pobre” da legislação.

O texto cita o artigo 227 da Constituição, que estabelece também como dever da família resguardar a criança e o adolescente “de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

O Código Civil é citado nos artigos em que determina que novo casamento, separação judicial e divórcio não alteram as relações entre pais e filhos, garantindo a estes o direito à companhia dos primeiros.

Além do amparo na legislação, a proposta é baseada em decisões judiciais que consideraram a negligência dos pais, “condutas inaceitáveis à luz do ordenamento jurídico”. O texto faz referência ao caso julgado, em 2006, na 1ª Vara Cível de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, em que um pai foi condenado a indenizar seu filho, um adolescente de treze anos, por abandono moral.

Mais recentemente, em maio de 2012, outro caso chamou a atenção. Em decisão inédita, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) obrigou um pai a pagar R$ 200 mil para a filha por abandono afetivo. No entendimento da ministra Nancy Andrighi, “amar é faculdade, cuidar é dever”.

Fonte: Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Sensação de abandono na infância gera complexos



AutoraRosemeire Zago (psicóloga clínica com abordagem junguiana)

Um dos sentimentos mais difíceis de serem superados creio que seja a dor do abandono, da rejeição, da perda, que para muitas pessoas começa logo cedo. Não me refiro só ao abandono cujos pais o deixaram desde o nascimento. Mesmo quem teve pai e mãe presente, pode sentir-se abandonado, se sentir que sua mãe não o escutava, não ouvia. Quando a criança não é aceita em sua realidade, ela não vivencia a autenticidade de seus próprios sentimentos. Não é preciso que a criança seja órfã para ter esses sentimentos, mas é claro que serão mais intensos em quem realmente viveu ou vive a orfandade.

Quando o relacionamento primário fundamental foi comprometido, não havendo um envolvimento total dos pais com os cuidados básicos da criança, ela desenvolverá mecanismos inconscientes para contar com seus próprios recursos. É quando o bebê experimenta o abandono e passa desde muito cedo a agir como um ser independente, como se no fundo soubesse que não pode contar com mais ninguém. 

Diante desse abandono podemos encontrar três complexos psicológicos principais. Entendemos por complexo uma determinada situação psíquica de forte carga emocional, que muitos conhecem como "trauma". Ou seja, os complexos são portadores da energia afetiva.
 
Esses três complexos são:



- Profunda sensação de ausência pessoal de valor:


O calor materno oferece à criança a sensação de valor. Quando esse amor deixa de existir a pessoa se sente rejeitada, acha que fez alguma coisa errada, sendo assim, inaceitável, e passa a duvidar da razão de sua própria existência. Sentimento que pode perdurar durante anos ou uma vida inteira dentro de algumas pessoas e refletir em todas áreas de sua vida. A tão conhecida baixa auto-estima. A sensação de ter valor é essencial à saúde mental, pois quando se sente valiosa, a pessoa cuidará de si mesma de todas as maneiras que forem necessárias.



- Sensação de culpa:

Essa culpa não deve ser confundida com a culpa mais consciente que a pessoa sente quando faz algo. É uma culpa mais profunda, onde acaba por se culpar por não ser amado, aceito. Essa busca pela mãe, ou pela fonte de carinho e amor, pode desencadear outros processos na vida da pessoa. É como se estivesse sempre em busca dessa proteção. Sente que tem uma dor que não pode ser aliviada, e assim, acaba por sentir pena de si mesmo, desenvolvendo muitas vezes a auto-piedade. Espera, ainda, que os outros também a vejam assim, sempre esperando que alguém venha salvá-la.

Esse quadro pode gerar relacionamentos de muita dependência. Como perdeu sua ligação com a fonte de sustentação da vida, apega-se a toda pessoa que possa lhe oferecer segurança. Alguns se apegam a qualquer objeto, pessoa ou forma de comportamento que representa segurança, como sexo, dinheiro, comida, drogas, entre outros. Até o momento de perceber, o que muitas vezes pode levar anos, que esse objeto não tem o mesmo significado e não irá efetivamente suprir essa carência e esse vazio.

Poderá também desenvolver muita dificuldade em lidar com a solidão. Como não tem o bastante de si mesma, sente que tem valor apenas quando está na presença de outra pessoa, como se fosse vital para sua sobrevivência. Pode ainda desenvolver uma dependência mútua, criando um verdadeiro elo simbiótico inconsciente, ou seja, o que muitos vivem e conhecem como relação doentia. Onde nenhum dos dois consegue deixar esse vínculo, apesar do sofrimento instalado. Essa situação de excessiva dependência entre duas pessoas cria uma situação psicológica improdutiva e, conseqüentemente, não há troca, crescimento, mas sim muito sofrimento. Torna-se uma situação difícil de ser rompida, pois há muito medo de ser deixado, ficar só, evitando a todo custo, mais um abandono.


Poderá ainda acontecer o contrário, a pessoa mesmo querendo manter a relação, abandona a outra pessoa, para que ela mesma não seja abandonada. Essa situação de dependência pode fazer com que a pessoa torne-se a criança-vítima, ou seja, procura ser boazinha com o intuito de ser cuidada, gerando a necessidade de agradar e a dificuldade de dizer não, buscando sempre e, inconscientemente, aprovação e reconhecimento. É preciso tornar consciente sua dependência e suas eventuais conseqüências para que não fique repetindo situações de abandono.


- Profunda atração pela morte:

Para a criança, o abandono por parte dos pais é equivalente à morte. Essa sensação é mais profunda em quem realmente perdeu a mãe no momento do nascimento. Mas também por quem não foi literalmente abandonado, mas vivenciou esse medo, ele pode ressurgir mais acentuadamente em momentos de renascimento ou quando algum projeto está para ser iniciado, como em momentos de mudança, pois todo caos que precede a cada novo nascimento acaba por gerar um doloroso processo de recordação de sua experiência traumática inicial do abandono, podendo facilmente sentir-se imobilizado frente ao desconhecido, sem permitir-se crescer, transcender, resistindo às mudanças.


Pode existir em algumas pessoas a síndrome do aniversário, onde revive nesse dia seu trauma de infância, o abandono, evitando assim, qualquer tipo de comemoração.


Para lidar com todos esses aspectos o mais indicado é ter consciência de todo esse processo e, principalmente, dos sentimentos que surgem. Falar sobre eles poderá ajudar a integrar conteúdos que estão no inconsciente ao consciente.

É preciso aceitar toda essa realidade e não negar seus sentimentos e carências, assim suas necessidades poderão ser supridas de maneira equilibrada e consciente e não através de relações doentias.
Ao se permitir sentir dor, raiva, mágoa e tristeza, poderá começar a amenizar sua dependência e assumir mais responsabilidade por si mesmo e por seus sentimentos.


Quando esses presentes, carinho, afeto, demonstrações constantes de amor, como a certeza de que não será abandonado, não foram dados pelos pais, é possível obtê-los de outras fontes, porém esse processo em geral, dura a vida inteira. Mas é possível transformar toda a dor do abandono ao interagir com essa criança que apenas espera por seu amor.


Fonte : http://www2.uol.com.br/vyaestelar

Saiba como lidar com a mentira na educação dos filhos




Mentira: "... pais são os principais mestres, muito mais com o que mostram em suas atitudes, que com suas palavras"
“Eu não quero que meu filho minta” – essa é a expressão do desejo de todos os pais.
"Pais que costumam mentir criam filhos que mentem. Pais que usam sempre da verdade, que assumem a responsabilidade por aquilo que fazem e dizem, criam filhos responsáveis e éticos. Só se ensina aquilo que se é" Pois é, não é tão fácil trabalhar esta questão com nossas crianças. Quantos pais saem de casa escondidos das crianças para evitar berreiros? Quantas promessas são feitas para as crianças, sem que se tenha a intenção de cumpri-las? Quantas pessoas, quando toca o telefone, dizem para um filho: “fala que eu não estou”. Ensina-se uma coisa e se pratica outra...
Nada justifica uma mentira, não existem mentiras “piedosas” ou mentiras “politicamente corretas”. Falar a verdade implica em ser honesto consigo mesmo e com os outros e em ter coragem de se responsabilizar por suas ações.

As crianças precisam ser ensinadas à verdade. Tal aprendizado ocorre progressivamente ao longo da infância e os pais são os principais mestres, muito mais com o que mostram em suas atitudes, que com suas palavras.

Com qual idade a criança pode mentir? Não tão cedo. Aos dois, três anos as crianças ainda confundem realidade e fantasia. Muitas vezes, o que o adulto interpreta como mentira é mais uma expressão do desejo fantasioso da criança. Quantas crianças já contaram para suas professoras que a “mamãe está esperando um irmãozinho”? quando nada disto está acontecendo. Quantas falam sobre viagens surpreendentes que fizeram, quando passaram o fim de semana em casa? Porém, aceitar o que é confusão entre fantasia e realidade e não mentira, não implica em aceitar a afirmação da criança sem deixar de mostrar a realidade. Buscar descobrir as razões do desejo fantasioso pode ser importante.

Quando a possibilidade de mentir pode ser evitada

Um pouco mais tarde, a criança pode começar realmente a mentir. Ela mente muitas vezes para escapar, pelo menos temporariamente, de um problema. Fez algo que sabe que não devia e, quando confrontada, mente. Depois, tem que enfrentar dois problemas: o que não devia ter feito e o fato de ter mentido. Muitos pais, sem saber, favorecem tal tipo de situação. Sabem que a criança fez alguma coisa que não devia ou deixou de fazer algo que devia e a interpelam. “Você bateu no seu irmão?”, “Você fez a lição?”, “Você quebrou tal objeto?”... Por impulso, por medo das consequências, por medo de castigo, a criança mente.

Seria melhor não perguntar, mas afirmar: “eu sei que você bateu no seu irmão”, “eu sei que você não fez a lição”, “Eu sei que você quebrou tal coisa”... e tomar as providências cabíveis, evitando a situação de colocar a criança frente a possibilidade de mentir.

Ética

Aprender a lidar com “nãos”, a tolerar frustrações, não é fácil para a criança, que tenta manipular o ambiente para conseguir satisfação de todos os seus desejos. Assim, ela pode tentar mentir, fingir, burlar, enganar, omitir nesta tentativa de manipular o ambiente e nada existe de anormal nestas tentativas. Estes são os momentos preciosos, nos quais os pais podem e devem ensinar o que é certo e o que é errado. O ser humano não nasce dotado de ética. No início da sua experiência de vida, ele não sabe o que é certo ou errado, o que lhe faz bem e o que não faz. São seus pais quem sabem e precisam ensinar, transmitir princípios, normas e regras, que possam dirigir sua conduta.

A mentira consciente, planejada, que tem como objetivo trazer vantagens surge na segunda infância, isto é a partir dos cinco anos e ela é felizmente, rara, sendo sempre um sintoma de um problema no desenvolvimento emocional.

Pais que costumam mentir criam filhos que mentem. Pais que usam sempre da verdade, que assumem a responsabilidade por aquilo que fazem e dizem, criam filhos responsáveis e éticos.
Só se ensina aquilo que se é.

Autora : Ceres Araujo
Fonte : http://www2.uol.com.br/vyaestelar/filhos_mentira.htm

sexta-feira, junho 07, 2013

As principais causas do estresse infantil


Criança também fica estressada e pode adoecer por causa disso. Saiba como deixar seu filho longe deste problema


Definir o que os pequenos devem fazer, pensando em torná-los adultos superpreparados para o mundo moderno e para o futuro, nem sempre é o melhor a fazer
Foto: Getty Images

Que mãe não quer ver o filho nadando feito campeão olímpico, jogando bola como o Neymar, fera no inglês e com notas excelentes o ano todo? Incentivar a criançada a se dedicar a algo é positivo, mas temos que tomar cuidado para não exagerar. Sobrecarregá-las com atividades ou cobranças é uma das principais causas de estresse infantil, que faz tão mal quanto o de gente grande. O psiquiatra Marisol Sendin ensina como identificar o problema e evitar que ele provoque estragos. E lembre-se: criança precisa ter tempo para brincar e para fazer nada também!

Principais prejuízos do estresse à saúde:

· Ganho ou perda de peso.
· Redução no ritmo do funcionamento do intestino.
· Queda da imunidade.
· Interferência nos hormônios do crescimento.
· Aumento do risco para diabetes.
· Dificuldades de aprendizagem e para lidar com os amiguinhos.
· Crises de ansiedade ou depressão.
· Distúrbios de comportamento, marcados pela dificuldade de aceitar regras e limites.
· Alterações na pressão arterial.

Como cuidar?

Refletir sobre o estilo de vida da criança é a primeira atitude a tomar. Ela está sobrecarregada? Ela precisa saber sobre tudo o que se passa na vida dos adultos da casa? A segunda providência é fazer mudanças na rotina dela, caso seja necessário. Por isso, fique atenta se o comportamento do seu filho parecer diferente. Quanto mais cedo se descobre o problema, mais rapidamente a criança melhora. O tratamento pode envolver até medicamentos, que devem ser indicados por um médico, e psicoterapia.

11 sinais de que a pressão passou do ponto

1. Isolamento
A criança se sente fora de lugar, desenturmada e demonstra dificuldade de se relacionar com outras pessoas.
2. Impaciência
Aguardar por algo gera muita agitação, não importa o lugar nem o motivo da espera.
3. Explosões frequentes
Um "não" dos pais já basta para provocar gritaria e bateção de porta.
4. Choro gratuito
Nem a criança consegue definir a causa de sua tristeza.
5. Agressividade
O comportamento se torna mais hostil, podendo render ataques físicos.
6. Lapsos de memória
Esquecimentos de todo tipo passam a fazer parte do cotidiano, com frequência cada vez maior.
7. Pessimismo
O foco está sempre nas situações negativas, nunca nas positivas.
8. Sono agitado ou insônia
Demorar para conseguir dormir ou acordar diversas vezes transforma a noite da criança em um pesadelo.
9. Dor de cabeça ou de barriga
Quem não sente esses desconfortos quando fica estressado? Entre os pequenos, isso é bem comum. Repara só em véspera de prova!
10. Apetite descontrolado
Vale tanto comer demais quanto perder completamente a fome.
11. Dificuldade de concentração
Essa desatenção é notada principalmente na sala de aula, prejudicando a aprendizagem. Por isso é tão importante conversar de tempos em tempos com a professora dos pequenos.

5 razões comuns do estresse em crianças

1. Falta de ritmo. Quando a rotina da casa é imprevisível e nunca existe hora certa para dormir ou para comer, a criança acaba ficando meio insegura, o que pode provocar estresse.
2. Desaprovação frequente. Criticar o filho a toda hora e esquecer de incentivar e elogiar o que é positivo nele só aumenta a pressão sobre o pequeno.
3. Violência física. Além de não ensinar nada de positivo, bater na criança provoca medo e raiva, sentimentos estressantes.
4. Superproteção. Poupar o pequeno das dificuldades impede que ele aprenda a lidar com elas.
5. Traumas. Passar por situações desgastantes demais, como ver os pais brigando, sofrer assalto ou perder alguém querido, gera estresse. E, às vezes, é preciso buscar a ajuda de um terapeuta.

Reportagem: Beatriz Levischi
Edição: MdeMulher
Fonte : http://mdemulher.abril.com.br

terça-feira, junho 04, 2013

Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão – 4 de Junho


Não há o que se comemorar no dia quatro de junho, Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão. É o momento, isso sim, de refletirmos sobre algo terrível: a violência contra os menores.

É preciso ficarmos atentos para o significado dessa agressão e nos questionarmos de que tipo de agressão, afinal, estamos falando. Com certeza, não seria só a agressão física, a mais comum e a mais dolorosa do ponto de vista biológico. Seria ela a mais absurda? Claro que não. Todos os tipos de agressão, sejam elas quais forem, trazem danos ao indivíduo, e, quando se trata de crianças, aí o problema se agrava.


Em uma sociedade, existem diversos níveis de agressão: corporal, psicológica, social, econômica, entre outros.

Engana-se quem imagina que só a rua pode oferecer experiências traumáticas para as crianças. Muitas vezes, as maiores ameaças ao bem-estar infantil estão dentro de casa, em forma de maus-tratos físicos ou negligência (outro tipo de agressão). Os episódios mais rotineiros são afogamento, espancamento, envenenamento, encarceramento, queimadura e abuso sexual.

Faz pouco mais de um ano que um pai, Alexandre Alvarenga, atirou o seu filho de um ano contra um pára-brisa de um carro. O pior de tudo foi que a mãe, que presenciou tudo, não fez nada para impedi-lo de cometer tamanha barbárie. O casal, de Campinas, interior paulista, quase mata a filha de seis anos ao bater a cabeça da menina numa árvore. Após um laudo toxicológico, constatou-se que o casal usara cocaína e agira de forma insana sob o efeito da droga.

Se, com pessoas de classe média, há registros de violência familiar, imaginem com as de baixa renda. Há casos registrados em ambulatórios públicos que ultrapassam a nossa imaginação. Essas crianças são vítimas de lesões que vão de hematomas a ossos fraturados. Todas essas agressões acontecem dentro de casa, local onde deveriam se sentir mais seguras.

A situação das crianças de rua é ainda mais dramática, por estarem expostas à violência e à indiferença. Se elas não receberem uma ajuda, podemos esperar que nos assaltem e apontem uma arma de fogo para nossas cabeças sem piedade alguma, porque nunca demonstramos pena delas. Proteger-se contra essas crianças com grades, muros e armas ou revidar com violência não resolve. A violência só gera mais violência. A criança não é um animal selvagem que se adestra com chicote. Existem outros caminhos. O diálogo e a atenção ainda são o melhor remédio.

Muitas crianças já sabem que não podem apanhar; e os professores, que não devem ficar calados quando descobrem que uma criança é maltratada. Mudanças bruscas de comportamento, como retração ou agressividade excessivas, são sinais de maus-tratos. Outra maneira de se detectar o problema é observar o uso adequado da roupa que a criança está usando. Se o estudante vai agasalhado dos pés à cabeça para a escola em dia de calor, há alguma coisa errada. Às vezes, os pais podem estar tentando esconder hematomas que eles mesmos provocaram.

Convencer os pais de que palmadas não são necessárias na educação dá muito trabalho. Geralmente, os pais foram criados com palmadas, e essa é a única forma de poder que conhecem. Mas nem mesmo um cachorro deve apanhar. Pode-se perfeitamente educá-lo através das palavras. Se um animal não deve ser agredido, imagine uma criança. A palavra deve ser a forma de educar, e não a agressão.

Um outro tipo de agressão contra as crianças é a sexual. Segundo dados do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente – Cedeca, uma organização não-governamental baiana, referência estadual, nacional e internacional em relação a essa problemática, desde o início das atividades do Setor Psicossocial, em setembro de 1998, foram atendidos um total de 102 casos até o ano de 2000. Esse universo, ainda que restrito quando comparado ao grande número de casos registrados nas delegacias e aos processos em curso nas varas criminais especializadas, fornece subsídios para se traçar o perfil das crianças e dos adolescentes que estão sendo acompanhados.

As vítimas, em sua maioria, são meninas, o que vem confirmar os dados obtidos na literatura sobre o assunto. No entanto, número de casos de meninos abusados sexualmente tem aumentado, o que permite considerar o fato de que as famílias estão começando a denunciar casos de abuso com vítimas de sexo masculino.

A idade das vítimas varia de 0 a 17 anos e, na maioria dos casos, o agressor é parente, vizinho ou conhecido. Vale a pena ressaltar que as relações de vizinhança nas comunidades mais carentes são muito próximas, pois muitas vezes é com esses vizinhos que as mães deixam seus filhos quando vão trabalhar. São pessoas em que confiam e que não trariam nenhuma ameaça para as crianças, porque estão, aparentemente, acima de qualquer suspeita.

Os dados relativos ao local em que ocorreram as agressões deixam ainda mais clara a afirmação feita anteriormente. Na grande maioria, a violência ocorre na casa do próprio agressor, o que confirma a grande proximidade dele com a criança, ou seja, ela estava teoricamente “segura” e em local conhecido quando foi abusada.

A conseqüência da agressão contra as crianças é danosa, pois o cérebro infantil ainda está se programando. Uma criança que cresce num ambiente afetivo e protegido deve poder se dedicar a tarefas mentais mais sofisticadas, como pensar abstratamente. Se ela não sente medo, pode desenvolver uma postura mais solidária. Assim como acontece com os animais, o ser humano se programa para se proteger da violência, de ambientes assustadores.

Diante de uma agressão, uma de suas primeiras conclusões é a de se tornar frio, perdendo a propriedade típica dos bebês de se colocar no lugar dos outros. Quando um bebê chora, outro que está perto chora junto. Até os dois anos, a criança costuma chorar quando vê outra sofrendo. Elas choram juntas. Depois dessa idade, ela chega perto do amiguinho e tenta consolá-lo.

Fonte: http://www.portalangels.com

Cartilha proteção contra a pedofilia


Navegar com Segurança

 A internet é um ambiente democrático, dinâmico e sem fronteiras, que disponibiliza um verdadeiro universo de informações e possibilidades de comunicação ao alcance de um clique. Mas, assim como o “mundo real”, a internet não está livre de riscos.

Dessa forma, é necessário entender a dimensão pública desse espaço, acompanhar e orientar a utilização da internet pelas crianças e adolescentes, prevenindo a incidência de violações de direitos humanos e crimes como o abuso sexual on-line e a pornografia infantojuvenil na web.

 Com o aumento significativo da presença de crianças e adolescentes na rede, todos nós precisamos estar atentos e ter alguns cuidados. Filtros e outros softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial e o diálogo são as formas mais eficazes e, portanto, indispensáveis de proteção.
Fonte: http://www.childhood.org.br

segunda-feira, junho 03, 2013

Art. 227 da Constituição Federal





"É dever da família, da sociedade e do Estado 
assegurar à criança e ao adolescente, 
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, 
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 
e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão". 
(art. 227 da Constituição Federal)

Não sacuda seu bebê (Síndrome do Bebê Sacudido)


Ser pai ou mãe não é fácil. Às vezes, você deverá ter que parar, respirar fundo, se acalmar e pensar. E lembrar-se sempre: "Mesmo angustiada, desanimada, aflita ou com raiva, não sacuda seu bebê".

O sacudir com força uma criança de baixa idade pode causar danos severos no cérebro da criança. Vídeo "O Mundo Maravilhoso dos Pais", sobre a síndrome do bebê sacudido, traduzido e narrado no Brasil pelo Dr. João Augusto Figueiró.


Alguns Indicadores da Violência Física Infantil


Uso da força ou atos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis, com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras causadas por objetos ou líquidos quentes.
Alguns Indicadores da Violência Física

O local mais acometido pelos maus-tratos no corpo da criança e do adolescente é a pele. Tipos de lesão incluem desde vermelhidão, equimoses ou hematomas até queimaduras de 3º grau. É comum haver marcas do instrumento utilizado para espancar crianças ou adolescentes: elas podem apresentar forma de vara, de fios, de cinto ou até mesmo da mão do agressor. Nos quadros abaixo temos algumas marcas que sinalizam a violência ocorrida:





 
 
Fotos de crianças vítimas da violência praticada pelos familiares
(Arquivo pessoal do Dr. Lauro Monteiro)

Recém nascido esfaqueado pelo próprio pai e abandonado em estação de metrô.

Queimadura por imersão da mão em água fervendo, praticada pela própria mãe.

Criança colocada em bacia com água fervendo, propositadamente, pela família como castigo.

Boca queimada por descarga de fio elétrico pelo próprio pai.

Queimadura por ferro elétrico causada pelo pai.

Veja outras imagens de maus-tratos contra crianças
As ilustrações abaixo foram retiradas da publicação "Child abuse and exploitation. Investigative Technics", do U. S. Departament of Justice. Nós as temos utilizado muito em palestras sobre o tema. Clique nas imagens para ampliar.

Puxão dos cabelos, com possibilidade de trauma no couro cabeludo.

Síndrome da criança sacudida (Shaken Baby Syndrome), com possibidades de hemorragias intra-crianianas.

Hematoma sub-dural ocorre nas hemorragias sub-durais provocados pela Shaken Baby Syndrome.

Mecanismo pelo qual as sacudidas da cabeça da criança podem levar a hemorragias intra-cranianas.

Criança amarrada e amordaçada.

As agressões por fio elétrico, corda, cinto e fivelas dos cintos deixam marcas características.

Criança com marcas de cordas amarradas no pulso.

As queimaduras por cigarro são geralmente feitas nas palmas das mãos, solas dos pés e nádegas. Queimaduras em vários estágios de evolução indicam abusos freqüêntes.

As queimaduras por utensílios domésticos aquecidos como garfos, facas, colheres são freqüentes. Na ilustração, queimadura típica por ferro elétrico.

A cabeça é das regiões do corpo uma das que mais sofre agressões.

Locais mais frequëntes das lesões nos casos de maus-tratos. 

Fonte : http://www.observatoriodainfancia.com.br

Child Abuse - Does Anybody Hear Her?


Temos que lutar por todas as crianças que são vitimas de abusos constantes e sofrem com o desamor...



Violência Física contra Crianças


Vídeo sobre violência doméstica contra crianças do 
Ministry of Social Affairs.